Renato Chiera é um camponês, filho de camponeses. Nasceu há 77 anos
em uma família pobre, mas unida, com 8 filhos, em uma pequena
cidadezinha da região do Piemonte, Roracco, no norte da Itália. “Aos 8
anos – conta – que queria ser como João Bosco”. Aos 12 entrou no
seminário para ser padre.
Queria viver pelos outros. Logo que foi
ordenado, sentiu que o seu coração estava “inquieto”, e quis “sair pelo
mundo afora”. “Tive o privilégio de viver o pré-Concílio, o Concílio e o
pós-Concílio. Sentia-me muito ‘apertado’ na minha diocese. Sonhava com
horizontes maiores”. Um dia o bispo de Mondovì lhe propôs a
possibilidade de ser missionário no Brasil, na diocese de Nova Iguaçu, a
grande e violenta periferia do Rio, como sacerdote Fidei Donum. Era o ano de 1978. Desde então o coração do padre Renato bate pelo mundo dos descartados e pelo Brasil.
Deixou a cátedra de filosofia para entrar nas periferias geográficas e
existenciais da Baixada Fluminense, “atraído - revela – por Jesus que
sofre e grita o seu abandono em um povo desenraizado, sem esperança e
não amado”. Logo sente que encontrou o seu lugar e a sua Igreja.
O p. Renato está nestes dias aqui na Guiné-Bissau, visitando as duas dioceses à procura de meninos de rua pelos quais quer abrir uma outra "casa do menor", como no Brasil. A realidade africana é diferente da do Brasil, mas os pobres e os marginalizados vivem os mesmos sofrimentos a todas as latitudes. O p. Renato estará na Guiné até ao dia 31 de dezembro de 2019.
Contato no facebook: https://pt-br.facebook.com/PadreRenatoChiera.
A nossa diocese de Bissau abriu este espaço de dialogo e partilha com todos os que estão interessados em conhecer a nossa história, projetos e sonhos.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
sábado, 21 de dezembro de 2019
quinta-feira, 19 de dezembro de 2019
O P. Domingos da Fonseca regressa à casa do Pai
Luto na Igreja Católica da Guiné-Bissau pelo falecimento inesperado do P. Domingos da Fonseca, que foi vigário geral da diocese de Bafatá e pároco da paróquia de Bambadinca. Ele faleceu na quinta-feira à noite, em Ziguinchor, por causa de problemas ligados à insuficiência renal.
O p. Domingos nasceu em Bolama a 27 de novembro de 1955, foi ordenado diácono a 18 de setembro de 1983 e sacerdote a 30 de dezembro de 1984.Ele foi um dos primeiros padres ordenados da diocese de Bissau.
Tinha uma licenciatura em Teologia Dogmática e uma outra em Sociologia. Deixa-nos um interessante estudo sobre Os Mancanhas. Nestes últimos anos lecionava Teologia Dogmática no seminário maior inter-diocesano. A nível do Estado da Guiné, foi nomeado presidente da Comissão organizadora da Conferencia Nacional para a Reconciliação e a Paz. Na altura da tomada de posse, em maio de 2015, o malogrado apontou a promoção da paz como o seu principal objetivo. Paz que se constrói através do diálogo. O padre Domingos da Fonseca pediu sempre aos guineenses para "adotarem o diálogo como ferramenta para a solução de problemas" para chegarem a consensos.
"Não há dificuldade que não possa ser superada quando existe uma boa vontade política e um amor e paixão pelo diálogo", afirmou numa das suas declarações à imprensa.
O p. Domingos deixa-nos um vazio enorme, pelas muitas qualidades que tinha: humildade, coragem, paixão pela missão. Era verdadeiramente um sábio e um mestre de vida.
O p. Domingos nasceu em Bolama a 27 de novembro de 1955, foi ordenado diácono a 18 de setembro de 1983 e sacerdote a 30 de dezembro de 1984.Ele foi um dos primeiros padres ordenados da diocese de Bissau.
Tinha uma licenciatura em Teologia Dogmática e uma outra em Sociologia. Deixa-nos um interessante estudo sobre Os Mancanhas. Nestes últimos anos lecionava Teologia Dogmática no seminário maior inter-diocesano. A nível do Estado da Guiné, foi nomeado presidente da Comissão organizadora da Conferencia Nacional para a Reconciliação e a Paz. Na altura da tomada de posse, em maio de 2015, o malogrado apontou a promoção da paz como o seu principal objetivo. Paz que se constrói através do diálogo. O padre Domingos da Fonseca pediu sempre aos guineenses para "adotarem o diálogo como ferramenta para a solução de problemas" para chegarem a consensos.
"Não há dificuldade que não possa ser superada quando existe uma boa vontade política e um amor e paixão pelo diálogo", afirmou numa das suas declarações à imprensa.
O p. Domingos deixa-nos um vazio enorme, pelas muitas qualidades que tinha: humildade, coragem, paixão pela missão. Era verdadeiramente um sábio e um mestre de vida.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
Peregrinação mariana reúne muitos peregrinos em Cacheu
A peregrinação mariana a Cacheu está a tornar-se um momento importante da vida da nossa Igreja, juntando as duas dioceses numa manifestação de fé e devoção popular à Virgem Maria muito bonita. Este ano o evento foi marcado pela grande participação de jovens (na sexta-feira) e pela ótima organização. O lema (“Batizadu i inviadu! Suma Maria no ianda djuntu tras di Jesus”) evocava – como de costume – os grandes temas do ano pastoral: o batismo, que nos envia em missão, e a imitação de Maria como nossa Mãe e modelo de vida cristã.
Na sexta-feira, os jovens animaram a marcha-peregrinação de
Capó a Cacheu (7 km) e a adoração eucarística. Depois foi a vez do Movimento Carismático
que se encarregou de animar a vigília noturna (até às 6h00). No dia sábado chegaram
os restantes peregrinos e a celebração eucarística teve inicio às 10h00.
Presidiu D. José Lampra Cá, ladeado pelos outros dois bispos (D. José Camnate e
D. Pedro Zilli). D. Lampra, com a sua habitual eloquência explicou o sentido do
lema da peregrinação e as suas implicações para a vida do cristão. O coro de
Bafatá animou magnificamente a celebração. O local mesmo da celebração estava
muito bem organizado com cadeiras (alugadas) e os diferentes espaços bem
delimitados. Além disso, o grupo Jeune
esperance da comunidade de Cacheu ofereceu 10.000 hóstias e decorou o
local.
No fim da celebração, foi rezada a “Oração para as eleições
presidenciais”, onde os peregrinos pediram a Deus a força para serem artífices
de paz cada dia e para que tenham a sabedoria de escolher a pessoa certa como guia do país.