Prot. Nº 03/BGB/2021
«Vamos subir a Jerusalém...» (Mt 20, 18).
Quaresma: tempo para renovar fé, esperança e caridade.
Queridos irmãos e irmãs em Cristo,
iniciamos, na Quarta-feira de Cinzas, o Sagrado Tempo da Quaresma, ouvindo o forte apelo à conversão e à humildade: “arrependei-vos e acreditai no Evangelho”(Mc 1,15); “Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar” (Cf. Gn 3,19). Na Mensagem para a Quaresma, com o tema «Vamos subir a Jerusalém...» (Mt 20, 18). Quaresma: tempo para renovar fé, esperança e caridade, o Papa Francisco exorta-nos, dizendo: “Neste tempo de conversão, renovamos a nossa fé, obtemos a ‘água viva’ da esperança e recebemos com o coração aberto o amor de Deus que nos transforma em irmãos e irmãs em Cristo”.
Para a Quaresma
deste ano, nós,
bispos da Conferência
Episcopal do Senegal, Mauritânia, Cabo-Verde
e Guiné-Bissau, escolhemos
o seguinte tema
para a nossa Exortação: “SÃO
JOSÉ, PROTETOR DA SAGRADA FAMÍLIA E MODELO DE VIDA CRISTÔ. Deste modo, nos uniremos a toda a
Igreja que está a celebrar os 150 anos de São José para Padroeiro da Igreja
Universal, declarado no Decreto Quemadmodum
Deus, de 08 de dezembro
de 1870, pelo Beato Pio IX. Com a
Carta Apostólica Patris Corde,
Coração de Pai, o Papa Francisco instituiu um ano
dedicado a São José, pai adotivo de Jesus, de 08 de dezembro de 2020 a 08 de dezembro de 2021.
Para o ano passado, havíamos proposto que a Renúncia Quaresmal fosse destinada ao acolhimento, na Guiné-Bissau, dos dois Símbolos da Jornada Mundial da Juventude: a Cruz do Ano Santo e o Ícone da Virgem Protetora do Povo Romano (Salus Populi Romani). Na realidade, o recolhido foi destinado ao combate à Pandemia Coronavirus.
Para este ano 2021, achamos por bem que a Renúncia Quaresmal seja destinada à Casa de Acolhimento Bambaran. Que nossas comunidades sejam generosas. Vamos entrar na Quaresma, no contexto doloroso da Pandemia. Sabemos que a Quarta-feira de Cinzas e as Via-Sacras são muito participadas. Que os Párocos e Responsáveis das Comunidades encontrem o melhor modo para a vivência destes momentos, no respeito ao distanciamento social, ao uso obrigatório de máscaras e lavagem das mãos à entrada das igrejas ou noutro ambiente propício para as celebrações (por exemplo, ao ar livre).
Recorde-se que o Comunicado, datado de 06 de agosto de 2020, que enviamos às Comunidades, dá várias orientações, entre as quais: “é vedada a participação de idosos, de crianças de até 12 anos, de portadores de doenças crónicas (diabetes insulino dependentes, cardiopatia crónica, doenças respiratórias crónicas graves, imunodepressão, etc) e gestantes de risco”. A Rádio Sol Mansi e outros meios continuarão a dar o seu importante contributo para o favorecimento da participação de todos. A todos nós, um bom Tempo de Quaresma com votos de boa preparação à Páscoa.
Bissau, Bafatá, 12 de fevereiro de 2021.
Dom José Lampra Cá Dom Pedro Carlos Zilli
Administrador Apostólico de Bissau Bispo de Bafatá
Modificado o rito de imposição das Cinzas em tempo de pandemia
A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou uma nota especificando os procedimentos a serem seguidos pelos sacerdotes durante a celebração da Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma: máscara e fórmula recitada apenas uma vez
A situação de saúde causada pela crise pandêmica do coronavírus continua exigindo uma série de atenções que também se refletem em âmbito litúrgico. Tendo em vista o início da Quaresma deste ano, na quarta-feira 17 de fevereiro, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou em seu site as disposições a serem seguidas pelos celebrantes no rito de imposição das Cinzas.
“Feita a oração de bênção das cinzas e depois de as ter aspergido com água benta sem dizer nada - precisa a nota -, o sacerdote, voltado para os presentes, diz uma só vez para todos a fórmula que se encontra no Missal Romano: ‘Convertei-vos e acreditai no Evangelho’, ou ‘Lembra-te que és pó da terra e j terra voltarás’.”
Depois, prossegue a nota, “o sacerdote lava as mãos, coloca a máscara protegendo o nariz e a boca, e impõe as cinzas a todos os presentes que se aproximam dele, ou, se for mais conveniente, aproxima-se ele do lugar daqueles que estão de pé. O sacerdote pega nas cinzas e deixa-as cair sobre a cabeça de cada um, sem dizer nada”.