terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

A ir. Nita Francisco Gomes faz profissão perpétua


Ir. Nita com a sua mae Domingas

Grande festa na paróquia de Canchungo no sábado passado, 25 de Fevereiro, pela profissão perpetua (=definitiva) da ir. Nita Francisco Gomes na congregação das Irmas Franciscanas de Nossa Senhora Aparecida. A ir. Nita é filha de Domingas Correia e de Justino Francisco Gomes (falecido), tendo nascido em Canchungo aos 12 de Fevereiro de 1982. Fez a sua caminhada de formação crista na comunidade de Nossa Senhora de Africa, tabanca de Cabienque. Recebeu o batismo e a primeira Eucaristia na Capela S. Agostinho, em Biacha, onde começou a sua atividade como catequista e líder dos grupos de adolescentes e jovens de ambas as comunidades. Ingressou na congregação das Irmãs Franciscanas em 12 de Outubro de 2002 e em 2011, no Brasil, fez a sua primeira profissão religiosa. 

Ela declarou recentemente: “Sinto feliz e grata pelos passos dados. Por tudo Deus seja louvado!”.




Ir. Ires, D. José, a Madre Geral, ir. Nita e fr. Victor

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Acabou a primeira sessão do Sínodo diocesano



Na sexta-feira passada, 17 de Fevereiro, acabou a primeira sessão do Sínodo diocesano com uma s. Missa de conclusão presidida pelos dois Bispos da diocese. O clima que se respirava era de grande satisfação pelo enorme trabalho realizado (foram discutidos doze temas sobre os treze programados), mas também de preocupação pelo facto que temas importantes como a inculturação e o diálogo inter-religioso foram deixados de lado.
Na partilha final ficou claro aos 150 membros sinodais que a lista dos temas deve ser revista e o número diminuído (D. José Lampra Cá prometeu que serão tratados apenas dez temas), que deve haver mais rigorosidade nos horários, que se deve rever o funcionamento dos grupos e a maneira de trabalhar da secretaria.
O Sínodo não esqueceu de reflectir sobre a situação sociopolítica do País, que está a preocupar todos os sinodais. Eis o que foi afirmado na Declaração final, lida na conclusão da S. Missa do dia 17:

“A diocese de Bissau reuniu, em primeira sessão do Sínodo diocesano, entre os dias 13 a 17 de Fevereiro de 2017, os Bispos, presbíteros, religiosos, religiosas e leigos vindos de todas as suas paroquias. O Sínodo diocesano intitulado “Nova evangelização”, in sintonia com a Igreja universal e o Episcopado africano, procura reflectir a dar resposta às questões que se prendem com a reconciliação, justiça e paz na Guiné-Bissau.
Os trabalhos circunscreveram-se a temas constantes do Instrumentum laboris (documento de trabalho), de 30 de Outubro de 2016, de sua Ex.cia Rev. D. José Camnate na Bissign que encontra no Sínodo diocesano “(…) uma ocasião favorável para a família diocesana rever criticamente o o estado do seu ser cristão e a sua presença de testemunha da proximidade do Reino de Deus”.

A abordagem dos temas suscitou vivo debate entre os sinodais, que se inspiram nos ensinamentos de Jesus Cristo e nos documentos eclesiásticos, para se interpelar como Igreja sobre a vivencia quotidiana dos cristãos em geral, na sociedade guineense e no mundo, bem como apontar o caminho que conduzirá no futuro a Igreja diocesana de Bissau.

Na sequência dos trabalhos  não obstante não constituir objecto de debate, os sinodais, perante os sinais visíveis que interpelam e perturbam todos os cidadãos guineenses, independentemente da sua convicção religiosa, manifestaram as suas preocupações, entre outras, sobre os seguintes:
1.      A instabilidade politica e institucional que vem arrastando há quase dois anos com consequências negativas nas situações individuais e colectivas, sobretudo dos mais carentes e vulneráveis;
2.      2. O fenómeno da droga, degradação da moral pública, vi0lencia, irresponsabilidade e impunidade;
3.      Em especial, a alegada gestão danosa dos escassos recursos económicos e financeiros, sem que, até à presente data, seja apurada a realidade dos factos.
É na linha do papel de vanguarda que caracteriza a Igreja de Jesus Cristo, no fiel cumprimento da sua missao no mundo, o Sínodo diocesano alerta os cristãos católicos para a necessidade persistência na oração, nomeadamente pela paz e estabilidade política e social na Guiné-Bissau.

Imbuido do espírito cristão de ser instrumento de Jesus Cristo, os sinodais produzem a seguinte declaração:
1.      Insistir no apelo ao diálogo e à reconciliação nacional entre todos os guineenses independentemente da sua origem ética e confissão religiosa;
2.      Apelar aos orgaos da soberania a valorizar o fundamental, a pessoa humana, essência da criação de Deus, reconciliada no amor infinito do seu Filho Jesus Cristo;
3.      Apelar aos decisores políticos, governantes e gestores públicos a obediência de uma gestão rigorosa, criteriosa e transparente dos bens colectivos;
4.      Apelar às autoridade judiciais o rápido esclarecimento dos factos que tem vindo à público sobre a gestão dos recursos económicos em geral;
5.      Responsabilizar, se for o caso, os indivíduos e grupos por actos atentatórios à moral social e crista e à vida em sociedade.

Bissau, 17 de Fevereiro de 2017

A mesa da presidência 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O sínodo diocesano avança

O Sínodo diocesano avança a passos largos. Hoje é o quarto dia e muitos temas já foram debatidos e aprovados, embora com emendas. Mas a impressão geral é que o tempo da discussão reservado a cada tema é muito limitado, sobretudo para os temas pastorais, que são os mais "quentes". Assim hoje, por exemplo, há um grupo que está a pedir um "prolongamento" de tempo para que o tema "Catequese e sacramentos", que já foi tratado, seja retomado e aprofundado, vista a sua incidência pastoral.


Os temas que foram discutidos até agora são: 1. A primeira evangelização; 2. A nova evangelização; 3. A palavra de Deus; 4. O sincretismo religioso; 5. Catequese (continua) e sacramentos.

Filomeno Lopes é convidado especial do Sinodo
P. José Fumagalli (Suzana) e p. Michel (Bajob)
Os temas ainda por tratar (para os próximos dois dias) são: 6. Amor e testemunho de vida; 7. Vida moral e vida espiritual; 8. Sentido de pertença e Dizimo; 9. Inculturação.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Homilia de D. José Camnate na celebraçao eucaristica de abertura



Queridos irmãos e irmãs,
Com esta solene concelebração inauguramos a primeira sessão do primeiro Sínodo Diocesano de Bissau, que tem como tema: «A Nova Evangelização». Esta temática responde a uma orientação programática para a vida da nossa Igreja, de todos os seus membros, das famílias, comunidades, e das suas instituições. Tal perspectiva se reforça pela coincidência com o início da celebração do 40º aniversário da criação da Diocese de Bissau, ao longo deste ano.
As leituras bíblicas, que compõem a Liturgia da Palavra desta missa de abertura do Sínodo, oferecem-nos dois pontos principais de reflexão: o primeiro sobre o anúncio do Evangelho e o segundo sobre a necessidade do diálogo, da fraternidade e da reconciliação.
1. Anúncio do Evangelho e testemunho de vida.
«Ide pelo mundo e anunciai a Boa Nova a toda a criatura» (Mc 16, 15): tal é o mandato que Jesus ressuscitado, antes de subir ao Pai, deixou aos Apóstolos. «E eles, partindo, foram pregar por toda a parte» (Mc 16, 20).


A tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja. Evangelizar constitui, de facto, a sua identidade mais profunda. Ela existe para evangelizar. Como o Apóstolo Paulo, a Igreja pode dizer: «Porque, se anuncio Evangelho, não é para mim um motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar» (1Cor 9, 16).
A Igreja anuncia a Boa Nova não só através da proclamação da palavra que recebeu do Senhor, mas também mediante o testemunho de vida, pelo qual os discípulos de Cristo dão razão da fé, da esperança e do amor que neles existe (cf. 1 Ped 3, 15). Testemunhar o Evangelho com a palavra e as obras: eis a incumbência que a Igreja recebeu e que quer transmitir a cada baptizado.
À África oprimida por todo o lado por germens de ódio e violência, por conflitos e guerras, os evangelizadores devem proclamar a esperança da vida, radicada no mistério pascal. Precisamente quando a sua vida parecia, humanamente falando, condenada à derrota, é que Jesus instituiu a Eucaristia, para perpetuar no tempo e no espaço, a sua vitória sobre a morte. Por isso mesmo, este Sínodo, neste período em que a África em geral, e o nosso país em particular, sob determinados aspectos, se encontram em condições críticas, o nosso Sínodo quer apresentar-se como Sínodo da ressurreição e da esperança: Cristo, nossa Esperança, está vivo!
É necessário, portanto, que a nova evangelização seja centrada no encontro com a pessoa de Cristo. O primeiro anúncio deve ter como meta levar a fazer a experiência encantadora de Jesus Cristo. Tarefa esta, singularmente facilitada pelo facto de que o africano crê em Deus criador a partir da sua vida e da sua religião tradicional. E assim está aberto também à plena revelação de Deus em Jesus Cristo, o Deus-connosco. Jesus, a Boa Nova, é Deus que salva o homem africano da opressão e da escravatura.
A evangelização deve atingir o homem e a sociedade em todos os níveis da sua existência. Ela exprime-se, portanto, em actividades diversas, nomeadamente nas que foram tomadas especificamente em consideração por este sínodo: anúncio, reconciliação, família, educação, saúde, meios de comunicação social, justiça, inculturação, diálogo, etc.
2. Necessidade do diálogo, da fraternidade e da reconciliação.
A primeira de leitura de hoje nos mostra como as consequências do pecado “original” continuam na geração seguinte. Abel é um exemplo, tal como milhões de pessoas  inocentes ao longo da história até aos nossos dias foram vítimas da violência.
A história de Caim e Abel pode-se aplicar a cada um de nós, dado que o que é verdadeiro para Caim também o é para nós: quando experimentamos o ódio para os outros, quando nos encontramos em contraste com os outros, muitas das vezes não é porque nos fazem mal, mas porque não somos bons, não conseguimos suportar-lhes.
 Temos o melhor comentário desta página do Génesis na primeira carta de S. João, que nos faz ver que a razão do homicídio cometido por Caim é a malícia, a malvadez. O inocente é morto pelo malvado, é odiado porque faz o bem: «Caim que, sendo do Maligno, assassinou o seu irmão. E porque o assassinou? Porque as suas obras eram más, ao passo que as do irmão eram boas» (1Jo 3,12).
 O pecado, o ódio gera morte. É a primeira morte  violenta na humanidade: o  homicídio, o fratricídio. Se todos os homens são irmãos, todo o homicídio é um fratricídio. O homicídio nasce do ódio. O ódio é homicida desde o princípio. O ódio pode manifestar-se sob forma de rancor, antipatia, desprezo, desinteresse. Numa palavra, na não aceitação do lugar e da função do irmão.
Mas perante esta injustiça e violência, Deus não é indiferente, Ele fala e pede razão: «Onde está o teu irmão Abel?» (Gn 4, 9). Abel morreu, mas a sua voz se faz ouvir: «A voz do sangue do teu irmão clama da terra até mim» (Gn 4, 10).  E a voz do sangue é ainda mais forte. Esta voz grita não para pedir vingança, mas misericórdia e amor.
O desafio do diálogo, do perdão, da fraternidade, da reconciliação, é fundamentalmente o desafio da transformação das relações entre os homens, entre as  nações e entre os povos, na vida religiosa, económica, política, social e cultural. É o desafio do amor de Cristo por todos os homens, amor que o seu discípulo deve reproduzir na vida.
A evangelização continua o diálogo de Deus com a humanidade, um diálogo que atinge o seu cume  na Pessoa de Jesus Cristo. Por meio da cruz, Ele destruiu em Si mesmo a inimizade (cf. Ef 2, 16) que divide e afasta os homens uns dos outros.
Apesar de falarmos hoje de fraternidade, solidariedade, em África, como aliás noutras partes do mundo, o espírito de diálogo, de paz, de perdão e reconciliação ainda está longe de habitar no coração de todos os homens. As guerras, os conflitos, os comportamentos racistas e xenófobos ainda dominam demasiadamente o mundo das relações humanas.
A Igreja em África sente a exigência de se tornar lugar de autêntica reconciliação para todos, graças ao testemunho dado pelos seus filhos e filhas. Deste modo, mutuamente perdoados e reconciliados, poderão levar ao mundo o perdão e a reconciliação, que Cristo, nossa Paz (cf. Ef 2, 14), oferece à humanidade, através da sua Igreja.
Caso contrário, o mundo assemelhar-se-á cada vez mais a um campo de batalha no qual contam apenas os interesses egoístas e onde predomina a lei da força, que afasta inexoravelmente a humanidade da desejada civilização do amor.
A Igreja é chamada a ser instrumento do perdão de Deus na vida dos indivíduos e dos povos. As situações actuais das sociedades africanas e do nosso país em particular, obrigam a Igreja a pôr no centro da sua pregação e da sua acção a oferta do perdão de Deus. Como Igreja, somos todos chamados a quebrar as barreiras que não favorecem a unidade, a reconciliação, a paz e a justiça na nossa sociedade.
Estou pronto a sacrificar algo de mim mesmo para ser instrumento de justiça, de não-violência e de paz na minha comunidade ou no meu local de trabalho? Cada um é chamado a utilizar os seus próprios recursos para ajudar a Igreja e a sociedade inteira do nosso país a sair das suas crises.
Queridos irmãos e irmãs, confiamos a Deus o trabalho deste primeiro Sínodo Diocesano, com o sentimento vivo da comunhão dos santos invocando, em particular, a intercessão dos grandes santos evangelizadores. Colocamo-nos sob a proteção da Virgem Maria, Estrela da nova evangelização. Com ela, invocamos uma especial efusão do Espírito Santo, que ilumine do alto a nossa Assembleia sinodal e a torne fecunda para o caminho da nossa Igreja.

Paróquia S. João Baptista de Brá em Bissau, 13 Fevereiro de 2017

O discurso do Bispo na abertura do Sinodo



Caríssimos irmãos,
Dirijo as minhas cordiais saudações de boas-vindas, cheias de gratidão, a todos os membros participantes deste primeiro Sínodo diocesano, representando toda a Diocese: sacerdotes, religiosas, religiosos e leigos.
Minha saudação a Suas Excelências Reverendíssimas, Dom Pedro Carlos Zilli, Bispo de Bafatá e Dom José Lampra Cá, Bispo Auxiliar de Bissau;
Saúdo os delegados da Diocese de Bafatá, nas pessoas dos Reverendíssimos Padres José Pizzoli e Díngana Sigá;
Quero saudar a presença fraterna dos nossos irmãos de outras confissões religiosas, nomeadamente:
Pastor Carlos Quessanguê, Presidente do Conselho Nacional das Igrejas Evangélicas,
Aladje Mamadú Cissé, Presidente do Conselho Nacional Islâmico,
Aladje Alanso Fati, Presidente do Conselho Superior Islâmico,
Aladje Abubacar Djaló, Presidente da União Nacional dos Imâmes.
A Diocese de Bissau está reunida no seu 1º Sínodo diocesano, para buscar o melhor caminho rumo à Nova Evangelização nesta nossa Igreja local. É um acontecimento providencial pelo qual devemos dar graças e glorificar o Pai omnipotente e misericordioso, por seu Filho, no Espírito Santo.
 
Este é um acontecimento eclesial de primeira grandeza para a nossa Diocese, um kairós, um momento de graça, no qual Deus manifesta a sua salvação. Toda a Diocese é convidada a viver plenamente este tempo de graça, a aceitar e difundir a Boa Nova.
É uma ocasião favorável para a família diocesana que somos, rever criticamente o seu estado de ser cristão e de testemunha do Reino de Deus, num tempo em que muitos problemas assolam toda a Igreja em África, e não só: a falta de amor, de reconciliação, falta de integração das culturas africanas no processo de Evangelização, a presença notória e ameaçadora do sincretismo religioso e do fundamentalismo religioso, a fragilidade de fé de muitos cristãos, a vergonha ou o medo de testemunhar com coerência a própria fé, etc.
Estes e outros problemas nos interpelam como Igreja diocesana que somos e exigem respostas urgentes e adequadas.
Por isso este Sínodo quer ser uma oportunidade de os participantes discutirem entre outros assuntos, a maneira de mostrar Jesus aos que ainda O procuram, sobretudo através do testemunho de vida.
O Sínodo tem como tema a Nova Evangelização. A Nova Evangelização é, por um lado, a proclamação do Evangelho para aqueles que ainda não conhecem Jesus Cristo e a sua mensagem de salvação; e, por outro lado, a Nova Evangelização, é destinada principalmente às pessoas que, embora batizadas, se distanciaram da Igreja e vivem sem levar em conta a prática cristã. O Sínodo Diocesano que hoje começa, é dedicado a essa nova evangelização, para ajudar essas pessoas a terem um novo encontro com o Senhor, o único que dá sentido profundo e paz para a nossa existência; para favorecer a redescoberta da fé, a fonte de graça que traz alegria e esperança na vida pessoal, familiar e social.
O Sínodo diocesano quer ser um caminho de fé e de responsabilidade eclesial, com interesse, alegria e esperança.
Por isso, faço votos para que esta Assembleia seja um lugar de escuta, de participação na reflexão e no debate. Que ninguém fique à margem. Que todos manifestem presença e colaboração, façam chegar as suas reflexões e propostas para que, no final do Sínodo, fruto do trabalho e do empenho de todos, possamos estabelecer linhas programáticas de acção para crescermos na santidade, melhor anunciarmos e testemunharmos o Evangelho, formarmos comunidades cristãs mais adultas.
 Agradeço a todos, pela contribuição que cada um de vós dará para os trabalhos destes dias, que serão para nós uma renovada experiência de comunhão fraterna superabundante em benefício da nossa Igreja, especialmente no contexto da celebração do 40º aniversário da criação da Diocese.
A todos peço para rezar a fim de que o Senhor torne frutuoso este primeiro sínodo diocesano. Sobre ele invoquemos a proteção de todos os santos e santas e, de modo especial, da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, Nossa Senhora da Candelária, Padroeira da Diocese e Nossa Senhora de África.
 Paróquia São Baptista de Brá em Bissau, 13 de fevereiro de 2017