terça-feira, 30 de maio de 2017

O Sínodo diocesano recomeça (segunda sessão)

Na segunda-feira, 29 de maio, recomeçou o Sínodo diocesano. Trata-se da segunda sessão que vai prolongar-se até sexta-feira (2 de junho). Durante os cinco dias serão debatidos oito temas, a saber: inculturação, dialogo inter-religioso, reconciliação, família, educação, saúde, informação e comunicação e desenvolvimento integral. Ainda durante esta sessão serão votadas e aprovadas as propostas que saíram da primeira sessão.
A novidade desta segunda sessão é que foi reduzido o numero dos temas a debater e o secretariado é mais eficiente e organizado.




sexta-feira, 26 de maio de 2017

A universidade catolica tem novo reitor

A universidade católica da Guiné-Bissau, com sede em Bor, tem novo reitor na pessoa do Dr. Apolinário Mendes de Carvalho. O novo reitor tem dois mestrados, um em diplomacia e desenvolvimento e o outro em relações internacionais. Ele trabalhou na CPLP como representante da Guiné-Bissau e atualmente é responsável do departamento das relações internacionais no ministério dos Negócios Estrangeiros.

Esta nomeação veio na sequencia de duas semanas de protestos por parte de um grupo de estudantes universitários, descontentes com o mau serviço da mesma universidade. Espera-se que com esta nova nomeação as coisas possam voltar à normalidade e que sejam retomadas as aulas.

O novo reitor encontrando os professores da universidade

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Jovens celebram a Jornada Diocesana da Juventude





A vila de Ingoré foi palco, pela primeira vez, da 12ª Jornada Diocesana da Juventude, que tinha como lema: “Deus tudu-poderosu fassi na mi kussas garandi” (Lc 1, 49). A Virgem Maria, que pronunciou estas palavras diante da sua prima Isabel, foi de facto a fonte de inspiração para os três dias (de 12 a 14 de Maio) da Jornada. Eis algumas impressões deixadas pelo coordenador da Jornada, o p. Massiev N'Deque:
"O ambiente que se criou entre todos os participantes era extraordinário, vibrante. Muitos momentos "importantes e fortes" marcaram o magno encontro durante os três dias: a adoração, a catequese com D. Lampra Cá (bispo auxiliar de Bissau), a marcha da paz animada pelos próprios jovens com musicas e danças , a noite de animação cultural (com Abi, Castro, Bakista, etc.), a s. Missa presidida pelo D. Lampra Cá."
 Apesar da grande participação de jovens (cerca de 3.500), tudo funcionou maravilhosamente. Um pastor evangélico que vive em Ingoré, ficou muito admirado com a manifestação e disse que nunca na sua vida ele tinha visto uma coisa parecida. 




A ir. Deepthi Kunath celebra 25 anos de consagração religiosa



O dia 14 de maio foi um dia especial para as Missionárias da Imaculada, um instituto religioso de caráter missionário, presente na Guiné-Bissau desde 1980. A ir. Deepthi Kunath, que chegou à Guiné a 19 de setembro de 2009, celebrava os seus 25 anos de consagração religiosa. Pela ocasião a sua comunidade religiosa e a paróquia de Mansoa quiseram celebrar o acontecimento com uma s. missa, que foi presidida pelo bispo D. José Camnate, e um almoço fraterno. Entre os convidados havia também uma delegação de indianos que vivem em Bissau e que quiseram unir-se à alegria da irmã.  
Ir. Deepthi, depois de ter passado dois anos em Cafal, no sul da Guiné, vive atualmente na missão de Mansoa.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Padres diocesanos em concertação

No dia 8 de maio estiveram reunidos os sacerdotes diocesanos da diocese de Bissau com o objetivo de aprofundar a problemática da administração dos sacramentos na diocese e para a eleição de novos membros do Conselho presbiteral.
O debate sobre a administração dos sacramentos na diocese ocupou toda a manha e foi, segundo o parecer de muitos, muito rico e esclarecedor. No fim da manha alguns pontos ficaram mais claros:
1. A verdadeira questão não é o numero elevado dos que pedem o batismo (ou outro sacramento) mas a sua formação doutrinal;
2. Por isso, é preciso investir mais na formação dos catequistas e na escolha dos padrinhos e madrinhas;
3. Os que, vindo do interior do país, querem receber um sacramento em Bissau, não deveriam ser impedidos; devem ser deixados livres de escolher a paroquia;
4. No que diz respeito ao batismo das crianças, não se deve ser demasiado rigorosos; se estiverem presentes as condições mínimas exigidas pelo Código de direito canónico  o pároco não deveria negar o batismo a quem o pede.
A tarde foi consagrada à eleição dos seis membros do Conselho presbiteral que os padres podem eleger. Estavam presentes 39 padres. Ficaram eleitos:
- P. Domingos Cá (20 votos), o único padre a ser eleito na 1a votação;
- P. Francelino  Nhaga (27 votos)
- P. Celso Corbioli (22 votos)
- P. Victor Quematcha (21 votos)
- P. Alberto Zamberletti (17 votos)

- P. Augusto Djata (17 votos).

sexta-feira, 5 de maio de 2017

A CARITAS nacional se renova

Sob o lema "O amor de Cristo é que nos impulsiona ao serviço da criação" (2 Co 5, 14), a CARITAS GB, quer dizer a Caritas nacional (que inclui as duas dioceses de Bissau e Bafata'), esteve reunida durante dois dias (04 e 05 de maio) para rever o seu funcionamento e estratégias de intervenção. No dia 04 foi apresentado o balanço económico e financeiro dos anos 2013 a 2016 e o novo "Plano estratégico" para 2017-2020. No dia 05 os 120 delegados vindos das duas dioceses discutiram e aprovaram, com ampla maioria, os novos Estatutos que devem agora ser ratificados pelos dois Bispos.
Foram dois dias de intenso trabalho, onde toda a intervenção da CARITAS foi revista e avaliada "a pente fino". Para muitos foi uma surpresa constatar o volume e a variedade das intervenções desta instituição inter-diocesana, presente em todas as áreas de emergência da Igreja, dos pobres aos marginalizados e dos emigrantes aos presos.



terça-feira, 2 de maio de 2017

Achegas para uma reflexão sobre a administração dos Sacramentos da Iniciação cristã



A caminho do sínodo diocesano
Pe Zé Fumagalli

2. A propósito da não resposta da Mesa ao pedido de 59 padres sinodais.... "não resposta" proferida por um  Senhor Jurista, que, entre outros itens, também defendia que não necessariamente o presbítero que administra o Batismo deve conhecer o candidato: é suficiente que administre o Batismo aos sujeitos apresentados pelo catequista.

Eis uns documentos que talvez nos possam ajudar, documentos de carácter pastoral, visto estarmos tratando de pastoral e não de código.

R.I.C.A.   PRELIMINARES
45."Compete aos presbíteros, além do ministério que habitualmente desempenham em qualquer celebração do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia,
            atender à situação pastoral e pessoal dos catecúmenos23,sobretudo daqueles que pareçam
            hesitantes e desanimados;
            providenciar pela catequese dos mesmos, com a ajuda dos diáconos e catequistas;
            aprovar a escolha dos padrinhos e dispor -se de boa vontade a ouvi-los e a ajudá-los;
            finalmente diligenciar pela perfeita e ajustada execução dos ritos no decurso de todo o ritual      da iniciação (cf.adiante n. 67, p. 43).
___________________
23cf. Conc. Vat. II, Decr. sobre o ministério e vida dos presbíteros, Presbyterorum Ordinis, n. 6. o qual  reza como reproduzimos aqui em baixo:
"Por isso, cabe aos sacerdotes, como educadores da fé, cuidar por si ou por outros que cada fiel seja levado, no Espírito Santo, a cultivar a própria vocação segundo o Evangelho, a uma caridade sincera e operosa, e à liberdade com que Cristo nos libertou (25). De pouco servirão as cerimónias, embora belas, bem como as associações, embora florescentes, se não se ordenam a educar os homens a conseguir a maturidade cristã."
Também com particular diligência acompanhem os jovens e, além disso, os cônjuges e os pais, que é para desejar se reúnam em grupos amigáveis, para se ajudarem mutuamente a proceder cristãmente com mais facilidade e plenitude na vida tantas vezes difícil"
___________________
Além disso veja-se, sempre no RICA os nn.:
16. "Compete aos Pastores, auxiliados por "garantes" (cf. adiante n. 42), catequistas e diáconos, julgar dos indícios externos destas disposições (em que se fala no n° 15)...."

135, 137 "... é necessário que antes do rito litúrgico (da Eleição) haja uma deliberação sobre a idoneidade dos candidatos, da parte daqueles a quem isso diz respeito, isto é, em primeiro lugar aos responsáveis pelo Catecumenado, presbíteros, diáconos, catequistas e bem assim dos padrinhos e representantes da comunidade local..."
_______________________________
Uma pequena observação pessoal:
-não vejo como o presbítero possa avaliar da situação "pessoal" do candidato do seu ser talvez "hesitante" ou "desanimado" sem conhecer as pessoas a que estas palavras se referem.
Sem mais comentários....

Suzana 20.04.2017

Acerca da determinação do tempo de preparação aos Sacramentos da Iniciação



A caminho do Sínodo diocesano 
Pe. Zé Fumagalli


1. O RICA não estabelece nada. Só toca no assunto duas vezes.
         1. Na descrição do Catecumenato, onde diz:
         19. O Catecumenato è um tempo prolongado durante o qual os candidatos recebem formação cristã e se submetem a uma disciplina adequada. Com estes auxílios, as disposições de espírito, que manifestaram à entrada, atingem a maturidade.

         2. Quando dá critérios para avaliar da demora:
         20. "A duração do Catecumenato depende
                   quer da graça de Deus
                   quer de várias circunstâncias, designadamente:
                   - da forma como está organizado o catecumenato
                   - do número de catequistas, diáconos e sacerdotes,
                   - da colaboração do próprio catecúmeno
                   - dos meios de acesso à sede do catecumenato e de aí permanecer
                  - e também do apoio da comunidade local.
   E conclui:" Nada, portanto, se pode estabelecer previamente".
Contudo continua dizendo:" Compete ao Bispo fixar a duração e regulamentar a disciplina do catecumenato. Também as Conferências Episcopais darão oportunamente normas mais concretas, tendo em conta as condições de cada povo e de cada região."

Seria portanto irresponsável quem se limitasse a disputar em anos, meses e dias, sem ter em conta a finalidade deste período de "tempo prolongado", como também do que o precede, a saber, do pré-catecumenato.
Para tal nos socorrem uns números dos mesmos preliminares, a saber:

Nn. 9 a 13 no que se refere ao pré-catecumenato, cujos conteúdos são como que sintetizados no n°14 e ainda mais pormenorizadamente no 15, o qual assim reza:
"Para que os candidatos dêem este passo (entrada no catecumenato), é necessários que neles tenham sido lançados os primeiros fundamentos da vida espiritual e da doutrina cristã:
         um princípio de fé, concebida durante o tempo do pré-catecumenato,
         um começo de conversão e
         uma primeira vontade de mudar de vida e
         de estabelecer relações pessoais com Deus e com Cristo e, consequentemente
         um primeiro sentido de penitência
         a prática incipiente de invocar a Deus e de oração
         uma primeira experiência de vida da comunidade e do espírito cristão."

No n. 16 é chamada a responsabilidade dos "pastores" auxiliados por garantes e catequistas, para julgarem das disposições de cada um dos candidatos ... ao catecumenato!...
Era bem completar com o n. 68 em que se fala em tais candidatos ao catecumenato:
         - já têm recebido o anúncio do Deus vivo
         - já têm um início de fé em Cristo Salvador
         - já se pressupõe realizada a primeira evangelização
         - como também o começo da conversão, da fé e do sentido da Igreja
         - assim como o contacto prévio com o sacerdote e com alguns membros da comunidade.
         - tome-se o tempo necessário e suficiente para indagar os motivos da conversão e os purificar se for necessário.

Quanto ao CATECUMENATO e sua duração, ao longo dos próprios preliminares há coisas que talvez representem autênticas... surpresas!

98. "O catecumenato, ou seja a disciplina pastoral dos catecúmenos deverá prolongar-se o tempo necessário para que a sua conversão e a sua fé possam adquirir a conveniente maturidade e até, se for necessário, por vários anos."

"Em casos especiais, tendo em conta a formação espiritual dos candidatos, o tempo do catecumenato pode ser abreviado, a juízo do Ordinário do lugar, e até, em circunstâncias absolutamente singulares, ser feito todo duma só vez (cf, n.240 p. 151", em que se fala do ritual abreviado, com permissão excepcional por parte do Ordinário, concedida "por cada caso"...).

103. "Durante os anos do catecumenato, quando os catecúmenos, à medida que vão avançando, passam de um grupo catequético parta outro, estas passagens podem ser, por vezes, assinaladas por determinados ritos....."
        
Acho qualquer comentário supérfluo... para quem tiver boa vontade e não tiver medo de "trabalhar demais"....

2. Além disso na nossa Diocese há umas resoluções tomadas a seu tempo, disposições aprovadas, promulgadas e nunca abrogadas, por exemplo:

a. Que a duração mínima do catecumenato seja de três anos, pressupondo que o candidato tenha adquirido ao longo do pré-catecumenato os requisitos que vêm nos número 15 e 68 do OICA, entre os quais salientamos o amadurecimento pessoal, a integração comunitária e o abandono dos usos tradicionais em contradição com o caminho novo.

b. Que a duração do pré-catecumenato não seja inferior a dois anos, atendendo sempre à situação sociocultural da Guiné-Bissau (OICA 9-11. 50,1)



"Linhas de Pastoral" votadas em 1987 e promulgadas em 1988.
Disposições assumidas pelo "Diretório..."  de 2007.
  
Suzana 20.04.2017