quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O discurso do Bispo na abertura do Sinodo



Caríssimos irmãos,
Dirijo as minhas cordiais saudações de boas-vindas, cheias de gratidão, a todos os membros participantes deste primeiro Sínodo diocesano, representando toda a Diocese: sacerdotes, religiosas, religiosos e leigos.
Minha saudação a Suas Excelências Reverendíssimas, Dom Pedro Carlos Zilli, Bispo de Bafatá e Dom José Lampra Cá, Bispo Auxiliar de Bissau;
Saúdo os delegados da Diocese de Bafatá, nas pessoas dos Reverendíssimos Padres José Pizzoli e Díngana Sigá;
Quero saudar a presença fraterna dos nossos irmãos de outras confissões religiosas, nomeadamente:
Pastor Carlos Quessanguê, Presidente do Conselho Nacional das Igrejas Evangélicas,
Aladje Mamadú Cissé, Presidente do Conselho Nacional Islâmico,
Aladje Alanso Fati, Presidente do Conselho Superior Islâmico,
Aladje Abubacar Djaló, Presidente da União Nacional dos Imâmes.
A Diocese de Bissau está reunida no seu 1º Sínodo diocesano, para buscar o melhor caminho rumo à Nova Evangelização nesta nossa Igreja local. É um acontecimento providencial pelo qual devemos dar graças e glorificar o Pai omnipotente e misericordioso, por seu Filho, no Espírito Santo.
 
Este é um acontecimento eclesial de primeira grandeza para a nossa Diocese, um kairós, um momento de graça, no qual Deus manifesta a sua salvação. Toda a Diocese é convidada a viver plenamente este tempo de graça, a aceitar e difundir a Boa Nova.
É uma ocasião favorável para a família diocesana que somos, rever criticamente o seu estado de ser cristão e de testemunha do Reino de Deus, num tempo em que muitos problemas assolam toda a Igreja em África, e não só: a falta de amor, de reconciliação, falta de integração das culturas africanas no processo de Evangelização, a presença notória e ameaçadora do sincretismo religioso e do fundamentalismo religioso, a fragilidade de fé de muitos cristãos, a vergonha ou o medo de testemunhar com coerência a própria fé, etc.
Estes e outros problemas nos interpelam como Igreja diocesana que somos e exigem respostas urgentes e adequadas.
Por isso este Sínodo quer ser uma oportunidade de os participantes discutirem entre outros assuntos, a maneira de mostrar Jesus aos que ainda O procuram, sobretudo através do testemunho de vida.
O Sínodo tem como tema a Nova Evangelização. A Nova Evangelização é, por um lado, a proclamação do Evangelho para aqueles que ainda não conhecem Jesus Cristo e a sua mensagem de salvação; e, por outro lado, a Nova Evangelização, é destinada principalmente às pessoas que, embora batizadas, se distanciaram da Igreja e vivem sem levar em conta a prática cristã. O Sínodo Diocesano que hoje começa, é dedicado a essa nova evangelização, para ajudar essas pessoas a terem um novo encontro com o Senhor, o único que dá sentido profundo e paz para a nossa existência; para favorecer a redescoberta da fé, a fonte de graça que traz alegria e esperança na vida pessoal, familiar e social.
O Sínodo diocesano quer ser um caminho de fé e de responsabilidade eclesial, com interesse, alegria e esperança.
Por isso, faço votos para que esta Assembleia seja um lugar de escuta, de participação na reflexão e no debate. Que ninguém fique à margem. Que todos manifestem presença e colaboração, façam chegar as suas reflexões e propostas para que, no final do Sínodo, fruto do trabalho e do empenho de todos, possamos estabelecer linhas programáticas de acção para crescermos na santidade, melhor anunciarmos e testemunharmos o Evangelho, formarmos comunidades cristãs mais adultas.
 Agradeço a todos, pela contribuição que cada um de vós dará para os trabalhos destes dias, que serão para nós uma renovada experiência de comunhão fraterna superabundante em benefício da nossa Igreja, especialmente no contexto da celebração do 40º aniversário da criação da Diocese.
A todos peço para rezar a fim de que o Senhor torne frutuoso este primeiro sínodo diocesano. Sobre ele invoquemos a proteção de todos os santos e santas e, de modo especial, da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, Nossa Senhora da Candelária, Padroeira da Diocese e Nossa Senhora de África.
 Paróquia São Baptista de Brá em Bissau, 13 de fevereiro de 2017

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