quinta-feira, 9 de junho de 2016

Iniciação tradicional e iniciação cristã



Tema de reflexão a caminho do Sínodo de 2017

Nota prévia

- Apesar de o "fanado" na sua forma atual ser, em muitos casos, uma instituição relativamente recente (meados século XIX na área djola de Senegal e sucessivamente de Guiné Bissau com inícios nalguns casos em meados séc. XX), é considerado comummente uma etapa fundamental no amadurecimento da criança (varão) que se torna homem.

- A multiplicidade de etnias que compõem o mosaico de povos que é a Guiné Bissau parece comportar também uma multiplicidade de conceções e de formas de realizar tal "fanado", pelo que nem sempre estaríamos a falar do mesmo fenómeno ou pelo menos dum fenómeno sempre unívoco.

- Haveria casos em que o "fanado" tem vida um bocado autónoma no conjunto da cultura e religião que governa a vida de grupos humanos; no caso dos Felupes estamos diante duma conceção "holística" da realidade: o que faz com que assumir o "fanado" quer dizer por sua vez assumir "in toto" a conceção da vida nas suas manifestações culturais, socias e cultuais.
Foi assim que os cristãos que levaram seus filhos ao fanado de Suzana em 1998 se viram obrigados a suprir todas as cerimónias respetivas que eles não tinham realizado em passado por serem cristãos. Não se tratou duma "multa" por terem transgredido umas ordens, mas duma "reintegração" naquele molde de vida e de culto.
Passado o fanado, quando pretenderam reconquistar uma independência e uma liberdade em relação a tais ritos e obrigações, se viram rejeitados pelos anciãos, indignados por terem sido traídos na sua confiança.

- Seria preciso pesquisar acerca das atitudes de outras etnias a este respeito. Como também a respeito dos itens seguintes:
            - Será que o "fanado" è a única forma de preparação para a vida? E então as moças?
            - Dá-se o caso que entre os Felupes uma forma de preparação à vida mais antiga, mais     completa e mais bem conservada é o "Itinerário de preparação ao matrimónio"
            distribuído em seis etapas da duração de um ano cada, ao longo das quais o sujeito é
            sucessivamente introduzido a assumir suas responsabilidades de adulto (ajamor au,
            alguém com quem se pode discutir).


*************

A   I N I C I A Ç Ã O   ( F A N A D O ? )
ou melhor: "Conjunto de ações que constituem a iniciação tradicional")

A. INICIAÇÃO A QUE?

Melhor seria dizer "Preparação" ou "Iniciação", que indicaria:
- um processo que introduz e prepara para algo
- processo que pode compreender algo mais, além do que costumamos chamar de "fanado",
  o qual representaria assim só um aspeto ou um momento de tal processo.

Todo e qualquer processo de preparação a um trabalho, a uma atividade configura-se a partir daquilo a que tal processo pretende preparar, é daí que assume sua fisionomia:

            Ex.      Preparar um futebolista não é como preparar um tocador de flauta
                        Preparar um político não é como preparar um carpinteiro.

Assim, sendo o "fanado" uma Iniciação, uma preparação para a vida se deve observar o seguinte:
   Que tipo de vida é aquela a que se pretende preparar, iniciar, uma nova geração?

Seguindo o sentido das palavras usadas, parece poder- se dizer que "Iniciação tradicional" (que corresponderia mais ou menos a "fanado") prepararia para a vida "tradicional", a saber
para a vida
            assim como foi recebida pela "tradição" Balanta, Felupe, Japonesa, Chinesa etc., sempre             no plano simplesmente humano,
condensando uma experiência de vida humana, preciosa, digna de respeito, mas sempre dentro dos limites do humano (condensado que chamaríamos de "Cultura").

Limites ainda mais evidentes se considerarmos a evolução técnico-cultural das populações.
Em qual medida evoluiu a "Iniciação tradicional" que herdámos de gerações que viveram em tempos anteriores a certos factos históricos e à aquisição de conhecimentos sucessivos?

Exemplos:
- A vida, na conceção felupe, é por assim dizer "bloqueada" dentro duma categoria "espáço-temporal" definida. Nasces, vives, morres, vais para a região dos mortos, voltas a nascer e outra vez vives, morres etc. etc., indefinidamente, como dentro dum espaço vedado. Vais e vens, giras em volta de um ponto, sem meta, sem "futuro", sem um "fim".
Uma vida "imanente" que não desemboca na "eternidade" ou num "sem fim".
Uma conceção como que "circular" da vida que a língua felupe expressa duma forma sugestiva e diz "TEITOR": TEI= correr TO= no mesmo lugar (O) R= repetidamente.

- Uma vida limitada geograficamente, socialmente, antropologicamente, onde a identificação è normalmente feita em "contraposição" ao outro

- Uma vida então em que uma das componentes essenciais è a defesa, a guerra, à qual se preparam os machos, com exclusão das fémeas......

- Uma vida ainda que se configura nos moldes da vida dos antepassados, anterior a certas descobertas da medicina (leprosos), da técnica etc., descoberta e invenções que nem sempre conseguiram serem assumidas e assimiladas pelas próprias culturas (ainda há quem não "metabolize" o aparecimento de gémeos como um fenómeno natural......).

AGORA a vida mudou:
- no plano geográfico: o mundo se tornou uma aldeia e a aldeia explodiu com membros espalhados em muitos países
- no plano das comunicações: há muito menos segredos do que antigamente, os conhecimentos viajam com a velocidade da luz
- no plano científico: muitos fenómenos atribuídos a forças superiores ase revelaram fenómenos puramente naturais
- no plano intelectual e social: a introdução da escola obrigatória marcou uma oportunidade histórica para o acesso aos conhecimentos, a partir dos mais simples até os mais elaborados: um grande progresso nos conhecimentos em extensão e em profundidade....
- no plano político: à unidade política da tabanca sucedeu a região, o Estado, ultrapassando os blocos "mono-culturais" etc....
- No plano da liderança da sociedade e da sua condução, aos grupos de anciãos "sacerdotes" sucederam os líderes escolhidos segundo outros critérios numa lógica de democracia e de dialética partidária.

Com o mudar da vida, nem que seja em aspetos mais ou menos relevantes, deveria ter mudado também a iniciação à própria vida, inclusive o tal chamado "fanado", para adequar a preparação-iniciação do sujeito a uma vida que já não se apresenta da mesma forma como dantes.
Deveríamos partir daqui para averiguar da capacidade que estas culturas têm de acompanhar o desenvolvimento da forma da vida, nem que seja por pequenos passos e pequenas mudanças nas práticas de iniciação dos sujeitos, no sentido de os tornar aptos a enfrentar com sucesso os aspetos novos que a vida assumiu.

O problema assume uma conotação radicalmente nova quando o processo de iniciação se confronta não com uma mudança pequena ou grande, mas sempre no nível humano, natural, mas sim com algo de COMPLETAMENTE NOVO que VEIO DO ALTO, de uma ORDEM SUPERIOR.
Aqui o que nos deve socorrer é a mensagem da Palavra de Deus através dos textos que no-la transmitem, textos que, apesar de se mexerem em categorias espaço temporais, dão conta de algo de inesperado, de, digamos assim, descontínuo onde, em vez de adaptações, deveria haver "rutura" ou "evolução" ou melhor ainda "conversão", ou se quisermos "morte e ressurreição". Categórico o texto de Jo.3, 1-13 (ver mais abaixo)

Para as categorias espaço-temporais, seria suficiente o texto de Gálatas 3,23- 4,7.

"Antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.
De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.
Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio.
Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.
Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.
Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.
Digo, pois, que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo;
Mas está debaixo de tutores e curadores até ao tempo determinado pelo pai.
Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo.
Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.
E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.
Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo.

Gálatas 4:1-7 Digo, pois, que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo;
Mas está debaixo de tutores e curadores até ao tempo determinado pelo pai.
Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo.
Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.
E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.
Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo".

Decisivo a este respeito è Heb1,1-2.
"Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,
A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo."


Jo3, 1-13 marca um caminho de reflexão riquíssimo em pistas a percorrer: "Havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabe que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto? Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho. Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?
Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu."

Num plano pessoal veja-se Gal 1,11-24; Flp. 3, 3-10a.

Se è verdade que Jesus nos oferece uma vida NOVA, em plenitude, resgatada, DO ALTO, 
VIDA DE DEUS PARTICIPADA, os critérios para estruturar uma INICIAÇÃO à mesma devem ter as mesmas características.

Será que um simples TRANSFORMAÇÃO da iniciação tradicional seria suficiente para isso?
Aos que esperavam uma REFORMA das instituições judaicas no estilo dos profetas, Jesus propôs uma SUBSTITUIÇÃO cem por cento (Jo 2, 17-23). O Bom pastor conduz suas ovelhas para fora do recinto (que è o Templo), e a porta è ELE e mais ninguém. (Veja-se também todo o Evangelho de Marcos acerca da incapacidade dos Doze de se desprenderem da tradição Judaica.)

Onde abundou o pecado, superabundou a graça diz Paulo; e Jesus: Eu vim para que tenham VIDA e a tenham de forma "exagerada" ("perussón").
É uma vida que permeia todo o ser humano, não è vida acrescentada, como um primeiro andar acrescentado a uma construção precedente: mas sim è uma vida numa nova dimensão, a de Deus e da eternidade, o que era desconhecido, era "mistério" que nos foi revelado (Ef.3)
Infinitos são os passos paralelos que nos podem socorrer, inclusive a pretensão de Jesus para que o discípulo o siga sem se virar para trás. O sentido disso tudo parece-me o seguinte: o homem foi "justificado", quer dizer "colocado no lugar certo, onde è "justo" que ele esteja, porque assim è que Deus o pensou e criou, antes de o pecado o colocar "fora do lugar", como que "desajustado" em relação ao que era o seu destino primigênio; como não o assumiu então, assim também não o assumiria agora sem uma componente essencial que o torne capaz de se dar conta do que Deus quer realizar nele; componente que se chama Espírito Santo.
Cf. 1Cor. 2,9-16): "Como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.”
Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmen-te. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.

Ef 3,4-5.  
"Irmãos, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas" (= cristãos a que foram dados os carismas respetivos).

Será bom observar que os valores desta vida "subvertem" a escala dos valores propugnada pelos homens (Mt 5,1-12), etc.

Qual será a preparação, a INICIAÇÃO a esta Vida? Simplesmente a mesma de sempre? Um ajustamento a praticar para a adequar em certa medida? Ou se deverá conservar a antiga e acrescentar a nova, para o cristão ter duas iniciações que até correm o perigo de serem em certos casos "antitéticas"? E como resolver certas modalidades (não há mais nem homem nem mulher, nem escravo nem livre, nem Judeu nem Grego, " etc.)


B) ATITUDE E PONTO DE PARTIDA DA PESQUISA (a desenvolver)

A partir de onde começará a nossa pesquisa assim como a nossa reflexão?

A partir do que a tradição nos legou e temos medo de deixar ou
a partir do que Deus, nesta plenitude do tempo, nos oferece e diante do qual o que tinha valor pode ser julgado como "perda"? (cf. Fil 3,7).
    O que tenho não corre o perigo de me esconder o que Cristo me oferece? (cf. Lc 9, 57-62).

A partir da Aliança provisória e caduca ou a partir da Aliança definitiva oferecida por Cristo no Espírito Santo e no fogo?

Ainda: temos que começar a pesquisa falando já na iniciação ("fanado") ou não será melhor começarmos falando da novidade de vida que Jesus nos trouxe?
Começar pela iniciação,
            - objetivamente não seria muito lógico. Mais lógico seria falar nas características
            desta vida nova e então de como nos devemos preparar para a assumir. (ver mais adiante
            a "iniciação cristã"!)
            - subjetivamente provocaria uma natural e espontânea atitude de defesa do que já se       tem (melior est conditio possidentis) com prejuízo para a objetividade.

Se Jesus me chama, sentarei primeiro a fazer minhas contas para saber o que deixar e o que conservar daquilo que até nem tem sentido sem Ele (cf. 1Pt. 1,18), porque é d'Ele que adquire toda a significação? (cf. o Antigo Testamento explicado por Ele aos dois de Emaús e aos outros: poderíamos dizer que fez o que costumamos chamar de "Teologia da história"...).


Qual è a atitude a assumir diante da proposta desta vida? Qual o convite que Jesus nos propõe?

"Vem e segue-me", deixa tudo e vem atrás de mim, sem contratações nem tergiversações: receberás cem vezes nesta vida, mais o resto.
            - nem despedidas  Lc 9, 61
            - nem choro Lc 9,59
            - nem tenhas medo de deixar o que tens  (Lc 9,58)

Vejam-se outros textos de chamada, como também Lc 19,1-9 Zaqueu: diante de Jesus tudo passa em segundo lugar: o que representava o valor supremo da sua vida, a riqueza, já não tem mais valor: descobriu outro tesouro bem maior! (Mt 13,44)

Fúlgido a este respeito o caso de Saulo de Tarso.



C. ASPECTO ECLESIAL 

O problema está em descobrir se na verdade TEMOS UMA INICIAÇÃO PARA A VIDA NOVA, se ela responde às características duma verdadeira iniciação como também às da vida nova que nos è oferecida e a ela prepara.

Na verdade temo-la: foi renovada e experimentada conforme as indicações do Concílio Vaticano II e a seguir proposta à Igreja toda e promulgada como lei desde 6 de Janeiro de 1972.
 Depois de uma introdução geral, è bem repartida e especificada nos dois itens:
- iniciação dos adultos
- Iniciação das crianças
Iniciação esta que entendemos referida aos filhos dos cristãos e a pessoas que foram batizadas em crianças.
Ao longo do percurso que estas iniciações oferecem as etapas são representadas por encontros com Cristo iluminados e explicados através da Palavra de Deus e do testemunho de toda a comunidade, encontros que, no caso das crianças já batizada se configuram como sacramentos sucessivos, que acompanham o desabrochar da própria criança ao longo dos anos, a saber a primeira Confissão, a primeira Eucaristia e a Confirmação.

NB. A sucessão na receção destes sacramentos normalmente privilegia o próprio desenvolvimento da criança e das suas faculdades de compreensão e de assimilação, mais de que a ordem teológica ou lógica dos próprios sacramentos.

Desta forma, ao longo da caminhada encontras-te
- com Jesus que te perdoa e te remete no caminho certo (Confissão)
- com Jesus que te associa à sua entrega na Eucaristia                     (comunhão no sacrifício)
                            e te chama a uma comunhão de vida com Ele      (comunhão no sacramento)
- com Jesus que te  confirma  com seu Espírito Santo, no sacramento da CONFIRMAÇÃO que faz de ti um testemunha e um apóstolo, um construtor da Igreja e da comunidade humana.

Costuma-se dizer que o sacramento da Confirmação é o cume, o ápice da iniciação cristã. O que não quer dizer que depois dele "descansas" e tudo acabou; pelo contrário, "acabaste de começar", tornaste-te apto a exercer uma profissão, a cumprir uma missão:

            - transmitir a vida e constituir a comunidade: através do sacramento do Matrimónio
            - oferecer a vida nova às gerações sucessivas através do sacramento da Ordem sagrada
            - testemunhar a novidade de vida através da consagração religiosa, que lembra e
               perspetiva a vida do Reino.


Outros elementos a desenvolver:
Sendo uma vida para TODOS, a iniciação é para todos, sem discriminação de machos e fémeas (cf. Gálatas 3,28)
Sendo VIDA humano-divina, há intervenção direta de Deus através dos sacramentos administrados na Comunidade.

                       
Suzana  02.05.2015    


Sem comentários:

Enviar um comentário